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Narciso e Eco

"Uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própriabeleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso. “




10 de julho de 2010

A história de Narciso


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O deus-rio Céfiso (ou Cephissus) à muito que adorava a beleza da adorável ninfa Leiriope. E, sendo ele um deus, conseguiu concretizar o seu desejo e Leiriope engravidou. Quando a criança nasceu, Leiriope viu um rapaz excepcionalmente belo e curiosa pelo futuro do seu filho, perguntou ao profeta cego Teiresias sobre o seu destino. "Ele viverá uma longa vida" disse o homem sábio "mas jamais ele deverá ver o seu reflexo, ou então será o seu fim". Leiriope certificou-se de que todos os espelhos eram guardados cuidadosamente, e Narciso cresceu saudável e forte, e mais bonito do que qualquer outro rapaz na terra. Era tão usual as pessoas elogiarem a beleza de Narciso que ele começou a pensar que deveria ser alguém muito especial.
 
 
Aos seus dezasseis anos, todos os homens e todas as mulheres na cidade o desejavam. No entanto, Narciso sentia que nenhum deles seria bom o suficiente para ele. Um dia o seu vizinho Ameinias, não conseguiu suportar mais e contou a Narciso o quanto o desejava e pediu-lhe para ser o seu amante. Narciso manteve o silêncio, limitando-se a mandar um servo entregar-lhe um punhal como resposta. Ameinias percebeu o significado da "oferta" e com esse punhal tirou a sua vida, evocando a ira dos deuses sobre Narciso, e amaldiçoando-o para sempre encontrar no amor o mesmo desprezo que ele tinha para com os outros.

Eco (ou Echo) era uma ninfa da montanha que havia uma vez servido Zeus, distraindo Hera com conversas sem sentido, enquanto Zeus se encontrava com Thunderer. Quando Hera descobriu o ardiloso esquema da ninfa, ela entrou em fúria: "Doravante, essa língua demoníaca em silêncio estará! Excepto quando se dirigirem a ti, não deverás falar nada a não ser ruídos breves".
 
 
Quando numa manhã Eco se cruzou com Narciso que estava a caçar veados, ela só podia olhar e não falar. E olhar foi o que ela fez. Mesmo entre os deuses imortais, ela nunca viu ninguém como ele. Um desejo ardente percorria as suas veias. Como ela desejava seduzir o belo rapaz com palavras melosas! Mas moveu os lábios em vão.
 
 
Narciso pressentiu que estava a ser vigiado.
 
- "Quem está aí?" ele perguntou
 
- "Aí" respondeu Echo, que apenas conseguia repetir o que lhe era dito
 
- "Deixa-me ver-te" disse o rapaz
 
- "Ver-te" disse a Eco
 
 
Momentaneamente intrigado, Narciso perguntou "Como te chamas?"
 
- "Te chamas", respondeu a ninfa. Então, incapaz de conter o ardor do seu desejo, saiu do seu esconderijo e atirou-se, quente e ofegante, para cima do jovem mais bonito que alguma vez vira, abraçando-o. Não acostumado com tal comportamento, Narciso rapidamente soltou-se do abraço e fugiu para o interior da floresta, deixando para trás as suas redes.
 
 
Eco segue-o, tentando chamá-lo para acalmar o seu receio, desarmá-lo, mas sons não saíram. Ela perde-o de vista. Durante semanas a ninfa vagueou pela floresta em busca do seu amado, dormindo pouco, comendo nada. Ela tornou-se tão magra em tão pouco tempo que não havia mais nada dela que um olho pudesse discernir.
 
 
Vagueou também em montanhas por todo o mundo, ainda à procura de Narciso. Os vales rochosos e profundos eram a sua casa. Se alguém lhe dirigir a palavra, estando ela em casa, ela responderá mas apenas depois de falaram com ela primeiro.
 
 
Numa tarde, cerca de um mês após ter escapado da Eco, num bosque isolado no topo do monte Helicon, Narciso caiu de joelhos, exausto de caçar e ser caçado. Em frente a ele estava um profundo e límpido lago, a superfície vítrea aprisiona os feixes de luz que atravessam as árvores, tornando-se num espelho perfeito.
 
 
Narciso terá visto tantas vezes a sua sombra mas nunca o seu reflexo. Assim, quando ele se inclinou para a frente de joelhos e com apoio nas mãos e olhou para dentro do lago, ele foi surpreendido com a imagem de uma beleza inigualável olhando para ele. Nenhum rosto que ele haveria visto se comparava com aquele que estaria agora a ver. Pela primeira vez em toda a sua vida, ele apaixonou-se.
 
 
Ele desce o seu rosto para beijar o seu reflexo e de forma a abraçá-lo. Os seus lábios e braços encontraram apenas água. Embora ele rapidamente tenha retirado os braços da água, o seu reflexo foi distorcido pelas ondas na água. Pensando que o seu amor havia fugido dele, como ele próprio costumava fazer, Narciso começou a chorar. Porém, a ondulação parou e o rosto bonito apareceu novamente. "Não me abandones, ó amigo bonito", confessou ele. "Fica, meu amor".
 
 
Narciso inclina-se para lhe tocar, mas a imagem é desfocada novamente quando a sua mão toca na superfície. Com a certeza de que o seu verdadeiro amor estava perdido para sempre, ele arranca o seu cabelo, arranha-se e engole lentamente as suas unhas. Quando ele parou, as águas acalmaram e o reflexo voltou, agora golpeado e despenteado. A visão doía-lhe e ele chorou.
 
 
A carroça de Hélio acaba a sua jornada pelo céu, a noite cinzenta invade a floresta, mas Narciso não se move. Nada lhe interessava a não ser a juventude indescritível que havia visto no lago. A primeira luz do alvorecer encontrou-o a olhar fixamente para as águas limpas e profundas. O rosto que lentamente apareceu era abatido e perturbado. Ele estendeu a mão para dentro da água para acariciar a bochecha do seu mais-que-tudo, e as suas frustrações do dia anterior foram renovadas.

"Eu amo-te! Eu amo-te!" gritava ele centenas de vezes. O rosto reflectido, tal como o da Eco, movia os lábios sem fazer nenhum som. Relutante, incapaz de sair da margem do lago, Narciso com o tempo morreu lá, o seu rosto outrora belo agora estaria confuso e grotesco.
 

As ninfas da montanha encontraram-no e o teriam enterrado, mas como elas se estavam a preparar para o funeral, o corpo desapareceu, e lá ficou uma flor dourada com pétalas tingidas de branco.
 
 
 http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mitologia-grega/narciso.php

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