Por Fernando Martins
Vivemos tempos de culto às celebridades instantâneas e aos ídolos forjados pela mídia e não pela qualidade do que fazem. Isto gera um espelhamento perigoso, pois assim como estes são superficiais, supérfluos e efêmeros, muitos destes fãs podem começar a ter um comportamento que irá gerar nada além de futilidades.
O prazer estampado no rosto destes personagens apresenta um prazer que queremos para nós e daí a tornarmo-nos personagens de nós mesmos é um passo.
O interessante que permeando este comportamento que muitos estudos estão tratando como patológico, existe o sentido distorcido de uma pretensa liberdade que na verdade é prisão - aprisionando a pessoa à modismos, comportamentos iguais, gostos massificados.
As novas gerações tão paparicadas por uma geração anterior que no afã de dar seu melhor acreditando em ideologias libertárias e alternativas de vida, está na verdade caindo em um vazio existencial que vem gerando doenças da modernidade, desde as patologias do corpo, como bulimia, anorexia e vigorexia até doenças da alma como depressão.
Tudo em pró de estar se expondo e se comportando como ditado pelos novos tempos que só visa um objetivo: mercado consumidor de bobagens descartáveis.
Creio que está na hora da chamada Geração Eu começar a pensar em ser a Geração Eu Mesmo e começar a viver seus reais anseios e ouvir o que vai por dentro de si e não, o que vem de fora embalado em brilhoso papel massageando os vaidosos egos.
Fonte: http://www.stum.com.br/clube/artigos.asp?id=28344
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