FASE DO ESPELHO
* Na psicanálise de Jacques Lacan, corresponde à fase (termo preferível a “estádio”, segundo Lacan) da formação da identidade, que se dá entre os seis e os dezoito meses de idade, quando a criança encontra e reconhece a sua imagem especular. Considera-se esta fase como um primeiro esboço do que será o Eu do indivíduo.
Em literatura, é frequente encontrarmos situações que descrevem a descoberta da identidade recorrendo à metáfora do espelho.
Se existir uma falha na dialéctica da constituição do sujeito, durante este estádio do espelho, tal constituição ficará inacabada ou sofrerá clivagens que ameaçam a destruição total do Eu.
Reconheço-me, logo existo.
** “o primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe, sobretudo o seu olhar. Ao olhar-se no espelho do rosto materno, o bebê vê a si mesmo (...) Quando olho, sou visto, logo existo. Posso agora me permitir olhar e ver”.
Winnicott
Nesse contexto, cresce muito a responsabilidade da mãe real, pois, sendo um espelho de seu filho, ela tanto pode refletir o que ele realmente é, ou, qual um espelho que distorce imagens, típicos dos parques de diversão, a mãe pode refletir o que ela própria é, ou imagina ser.
Kohut utiliza a expressão objetos do self (1971) para referir-se a dois tipos de objetos primordiais, especulares:
1. Os que funcionam como um espelho da criança e que, mediante incessantes elogios e admiração a este, outorgam-lhe uma imagem do self grandioso.
2. O objeto parental que reflete para o filho uma imagem grandiosa que os pais têm de si próprios, constituindo a imagem parental idealizada. (Zimerman, 2001)
Fontes de pesquisas:
* http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/F/fase_espelho.htm
**http://www.ligare.psc.br/leituras/self_des_saudavel_pg4.htm
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